sábado, 27 de setembro de 2008

Fim

A noite rouba vida...
Como o delírio de um suicida...

Fim, finais, becos sem saída
Uma vida sem sentido, que está perdida
Será que os velhos sonhos são o que pensamos?
Ou muitos são os devaneios que sozinhos conservamos?

(caminho na noite
só, canto na noite
pensando nas correntes
em como secou aquela fonte
fonte de amor e de esperança
vil casal, um coração e uma lança)

Nestas noites acompanhados nos sentimos tão sós...
Nossas ambições ora almejadas calcinadas até pó...

Fim, fim, noite em desgraça, em tudo estampada!
Nenhuma maldade, tormento não é nada!
Já esperado o sofrer, em um rumo tão sozinho
Sem nada a perder, em um mundo sem destino

(E FICO FELIZ QUANDO TODOS ESTÃO DORMINDO
POIS É COMO SE ESTIVESSEM TODOS MORTOS!!!)

Todos mortos, fim, final, encerramento!
O ato final, tolo teatro em andamento!
Um final ridículo para um mais idiota espetáculo!
Seja morte o destino e sepulcro nosso receptáculo!
Fim de tudo, todos perecerão!
Que a morte venha, seja pela minha própria mão!

Sem esperança, vá se foder com sua reconfortante possibilidade
Pois eu sou doente, vejo o lado mais negro, sem sentido
Ha! Nada mais que a própria realidade!

(fim, fim, fim, não espere mais, vá para o inferno!
Pois isso não é poesia, versos de tédio eterno
não, essa porra é verborréia, arroto, cuspe,
o escarro tuberculoso do meu tormento interno!!!!)

3 comentários:

JLM disse...

Cara, vc tem probrema!

Sílvia Mendes disse...

Gostei muito desse texto. O jogo com as palavras e o "anti-heroísmo". Gostei mesmo.

Rodrigo Oliveira disse...

bom, q vc tem problema eu já sabia. Mas qto ao texto em alguns momentos a rima me incomodou. Mas tem passagens mto legais (a das pessoas dormindo) e o final especialmente: "(...)é verborréia, arroto, cuspe,
o escarro tuberculoso do meu tormento interno!!!!". Com excessão da festa de exclamações no final, essa passagem ficou mto boa mesmo.