terça-feira, 26 de agosto de 2008

Lábios

Riam sem parar. As maçãs do rosto já doíam, o abdômen contraído também reclamava. O efeito do álcool já tinha chegado há muito à cabeça. Entre risadas e olhares, as mãos se encontraram sem querer. Depois das mãos, foram os lábios. E como numa seqüência óbvia de fatos, os corpos logo se procuraram.

Primeiro as mãos trêmulas desabotoaram a blusa, deixando os seios fartos à mostra. A peça de roupa foi jogada ao chão, assim como a lingerie delicada abaixo dela. As outras mãos logo fizeram o mesmo, deixando os dois corpos a se observar.

Bruna inclinou-se para frente e, com a ponta da língua para fora da boca, passou a lamber o mamilo rosado em movimentos circulares. Um gemido preso no fundo da garganta escapou baixinho, quando Sofia mordia os lábios e puxava os próprios cabelos junto à nuca. O tesão tomou a menina, que de santa, já não guardava nenhum pudor. Agora era ela que avançava sobre a mais experiente, tentando, desajeitada, dominar a situação.

Não sabia direito o que fazer, não conseguia decidir onde se demorar mais, que lugares buscar e até onde queria chegar. Frente ao nervosismo da amante novata, sua amiga uniu as pernas, esticou-se para trás e disse, com a voz mais melosa do mundo: “tira”.

As mãos assustadas percorreram as coxas bem torneadas subindo pelos quadris por baixo da mini-saia. Sentiram as tiras laterais da calcinha e a puxaram para baixo, suavemente. Bruna fechava os olhos, sentindo o prazer da liberdade. Quando a calcinha chegou aos joelhos, Sofia deixou que caíssem ao chão, enroladas junto aos tornozelos.

A reação foi automática e os joelhos afastaram-se, deixando à vista aquilo que Sofia nunca soube querer. Hesitou por alguns instantes, mas o olhar de Bruna a convidava para aventurar-se em sua carne. Sofia aproximou-se lentamente e começou a lamber a parte de dentro das coxas da colega de classe, enquanto esta se contorcia de prazer. O sofá logo estava molhado de suor, e deixava de ser confortável para as duas amigas que já não conheciam mais censura ou razão.

Bruna pegou a mão de Sofia e fez com que a seguisse até o quarto. Apagou a luz e caminharam juntas até a borda da cama. A mais tímida das duas sentou assustada na ponta do colchão, sem saber ao certo se escondia o corpo com os braços, enquanto a mais experiente acendia o abajur ao lado da cama. Sofia se deitou, ainda receosa, e repousou a cabeça no travesseiro verde desenhado de fadas. Bruna aproximou-se pelo pé da cama e sentou ao lado da amiga. Desabotoou lentamente a calça jeans e puxou com calma, para não assustar ainda mais Sofia, que respondeu com um sorriso tímido.

A língua quente de Bruna logo chegou à virilha de Sofia, que gemeu sem conseguir se conter. A saliva se espalhava pelas coxas, pela barriga e por cima da calcinha. Quando o corpo de Sofia relaxou, involuntariamente, Bruna puxou a calcinha para o lado e, sem tirá-la, lambeu com vontade o sexo úmido de sua parceira, que largou um suspiro fundo e sem vergonhas. A língua percorreu cada centímetro de seu sexo, oferecendo prazeres que ela nunca pensara ser possíveis de existirem.

Sofia sorriu, gemeu, suou. Entrou em um torpor que se apossou de cada um de seus músculos, um por um. Naquele instante, esqueceu do ex-namorado, dos pais conservadores, de seus medos e pudores. Naquele instante, gritou de prazer e foi feliz.

2 comentários:

Cris disse...

Fábio,
você radicalizou...fugiu do convencional.
Parabéns!!!

Anônimo disse...

na verdade o único 'conto erótico' da rodada... só não gostei da frase final... de resto tá bom pra caralho...