Estás presente em mim,
mas de um jeito diferente.
Já não pesa ante meus olhos
cada história comovente.
Se és linda lá fora,
também o és em minha mente.
Cada palavra que te escrevo
faz sentido de repente.
Mesmo tempo que te afasta
é aquele que se sente.
Sorte não reclamo
mesmo te vendo ausente.
E o destino que, hora choca,
noutra se mostra clemente.
Logo céu se abre,
indubitavelmente.
O que é lembrança triste,
apague piedosamente.
Se outra chance não demora
a pairar em minha frente,
vejo e sinto que és passado e,
assim sendo, agora deixo-te ir
(sutilmente).
"Faixa bônus" (ou: o texto que seria postado caso o de cima não fosse...)
Epitáfio
Aqui jaz alguém que observou e registrou,
mas nunca esqueceu de interagir
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
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3 comentários:
já tinha lido o poema, já tinha gostado dele. o último verso sem rima e o arrebatamento do sutilmente dão um back no final que eu gosto - talvez pra alguns possa quebrar o ritmo de leitura pra mim, pra mim foi pra bem. despedida, enfim, em grande estilo.
ah, e o segundo me lembrou dois poemas do Leminski. são extensos pra cá. te mando por e-mail.
Leminski é o vocalista do Motörhead russo, né?
Achei a quebra da estrutura no final legal também. Mas o mérito é manter o ritmo no resto do poema. E a informação por trás da forma também é bem interessante. Gostei!
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