Quando suas bocas estiverem secas
Suas salivas pegajosas, suas gargantas ardentes
E a sede embotar, cruel, o raciocínio em suas mentes
Lembrem-se dos banhos tomados! Lembrem-se das carnes assadas!
Lembrem-se dos pisos lavados! Lembrem-se das gotas pingadas!
Lembrem-se dos carros cintilantes! Lembrem-se das piscinas ao sol!
Lembrem-se dos canos empestantes! Lembrem-se dos venenos ao céu!
Vocês não terão nem lágrimas para chorar
Quando seus corpos forem apenas cascos secos
E eu me juntarei, rindo, ao exército de esqueletos
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3 comentários:
A maldição profética do ambientalista necromante :)
Foco diferente, interessante. A imagem do exército de esqueletos me soou legal. A forma tb teve o seu capricho. Curtinho, diferente do que vc costuma fazer, mas com a mesma marca registrada.
Eu costumo reprovar tuas poesias pq elas tem um ar... não sei bem como explicar... esnobe!
Aqui, o esnobe caiu como uma luva, já que é uma praga ou maldição. Combinou com o estilo e se sobressaiu.
já acabou a votação... mas...
tem um quê de Nietzsche aí...
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