sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Conhecedora de homens

Fábio Ricardo
15/11/2007

Saiu do banho e vestiu vagarosamente a recém comprada calcinha de renda preta. Ela conhecia muito bem os homens, e sabia que a lingerie certa podia enlouquecer qualquer um. Passou um perfume suave, pois sabia que os homens não gostavam de perfumes muito doces, e vestiu seu melhor vestido. Era preto, justo, curtíssimo e o mais decotado que tinha. Ela conhecia muito bem os homens e sabia que um decote provocante podia garantir a atenção e os olhares durante toda a noite.

Arrumou os seios sob o decote provocante, maquiou-se e desceu as escadas que levavam até a rua. Pegou um táxi a caminho da festa, pois conhecia bem os homens e sabia que conseguiria uma carona de volta para casa.

Chegando na festa, pediu um drink e ficou de olho em tudo ao seu redor. Flertou com alguns rapazes, escolhidos a dedo, pois ela entendia de homens e sabia quais eram os melhores partidos. E como entendia bem, decidiu ir para a pista de dança. Ela sabia que homem algum resistia a um belo decote dançando sozinho no meio do salão.

Logo foi abordada por alguns rapazes. Ignorou os errados e abriu-se em sorrisos para o melhor partido da festa. Ele a convidou para dançar e ela derreteu-se em rebolados junto ao seu corpo. Ela conhecia bem os homens e sabia perfeitamente como excitá-los.

Dançaram por um longo tempo, rindo e se divertindo, até que suas respirações já se misturavam, suas bocas procuravam-se e suas mãos percorriam seus corpos. Ela conhecia bem os homens, e por isso puxou-o para fora da pista de dança, levando-o pela mão até a varanda na área externa da danceteria.

O som da música perdia-se à distância, enquanto os dois se agarravam sob as estrelas. Ela sabia do que os homens gostavam, então arranhava as costas do rapaz sob a camisa, enquanto gemia no seu ouvido. Esfregava suavemente seu corpo no dele, então pegou sua mão e levou até o decote. Ele, enlouquecido, apertava seus seios, sedento por carne. Ela sabia do que os homens gostavam, então deixou que ele os devorasse com os lábios, longe dos olhares de qualquer um. Ele se empolgava cada vez mais, e deslizando sua mão pelo corpo dela, procurou abrigo entre suas pernas.

Ela conhecia muito bem os homens, e sabia que não podia deixar que ele chegasse a seu objetivo logo na primeira noite. Atiçou o rapaz ao máximo, mas impediu que sua mão continuasse desbravando seu corpo. Pediu que ele a levasse para casa, mas ele negou. Ela conhecia bem os homens, então escreveu seu número na mão dele, e levou-a novamente ao seu insaciável decote, prometendo muito mais da próxima vez.

Quando ela a deixou em casa, ela lhe deu um beijo de despedida e riu por dentro, confirmando que ainda sabia tudo sobre a mente masculina. Tirou a maquiagem já borrada e desarrumou os cabelos, tirou os sapatos de salto alto, que ela sabia serem os preferidos dos homens, e foi até o banheiro. Escovou os dentes e lavou o rosto.

Foi até a frente da privada, abaixou a calcinha e levantou o vestido. Colocou o pênis para fora e urinou. Depois de tantos anos sendo um deles, ela conhecia os homens como ninguém.

2 comentários:

Anônimo disse...

Já na metade da história eu imaginei como poderia ser o final... Porém, e infelizmente, bastante atual essa história! Se tivesse acabado em morte virava lenda urbana.

Mona lisa Budel disse...

Sacana !!!