domingo, 25 de novembro de 2007

Prazeres

Fábio Ricardo
25/11/2007


Raffael estacionou o carro na rua escura, desligou o motor e puxou o freio de mão. Ao seu lado, Mari transparecia nervosismo, enquanto dava um sorriso sapeca. Raffael virou-se e a beijou um beijo molhado, quente e acelerado. Mari agarrou o cabelo em sua nuca e brincou com sua língua, ao mesmo tempo em que Felipe apagava as luzes do quarto. Larissa já o aguardava, deitada na cama apenas de camisola rosa, braços abertos e a ansiedade que trazia desde que vestiu a peça íntima. Felipe checou cada uma das velas acesas, apertou o “play” na trilha de Ben Harper e tirou a camisa enquanto caminhava na direção da cama. Reginaldo não chegou a tirar a camiseta, apenas abriu o cinto e baixou as calças até a metade das coxas. Zilá sentia vontade de gritar, não de prazer nem de tesão, e sim de dor, ao sentir o membro invasor penetrando seu corpo sem pedir licença. As mãos ligeiras soltaram o sutiã de Mari, que já estava em cima de Raffael, no banco deitado do carro de seu pai. Beijaram-se e abraçaram seus corpos seminus, enquanto Larissa suspirava e gemia no ouvido do namorado, na primeira noite de amor que o casal tinha. Felipe havia pensado em tudo, da champanhe até a trilha sonora e as velas espalhadas pelo quarto. Aquele era um momento especial, era a primeira vez de sua namorada, uma noite inesquecível, quase tão inesquecível quanto a noite de Zilá, que passaria os próximos anos de sua vida culpando a si mesma por ter deixado aquele homem rude arrancar sua virgindade sem fazer nada. É verdade que ela abrira a porta de casa apenas por se tratar de um amigo de seu pai, que estava viajando, e não suspeitara de nada, com seus apenas 14 anos. Zilá derramou uma lágrima e virou para o lado segurando o choro, quando Reginaldo foi embora. Raffael também virou para o lado após gozar, para sentar-se novamente no banco do motorista e deixar Mari se vestir no banco do carona. Felipe e Larissa viraram cada um para o seu lado, depois daquele momento tão íntimo quanto seria possível. Nenhum deles jamais esqueceu aquele 25 de novembro.

5 comentários:

Thiago Floriano disse...

presenciasse tudo isso hoje?! ahahah

Anônimo disse...

3 primeiras vezes em um conto só! Todos possíveis de acontecer em uma primeira vez mesmo e todos muito bem descritos!
Essa rodada vai ser difícil!

Marina Melz disse...

o mais legal é que Mari um dia será Larissa, que talvez possa viver uma história de Zilá e a pobre da Zilá, pode, porque não, ter uma noite de Mari? bom demais!

Unknown disse...

hahahaha

Ben Harper é o canal!

boa a mistura do texto.

Rodrigo Oliveira disse...

Praticamente uma suruba ehehehe