Cansei de ser pedante.
Vou ser tosco e desregrado.
Beber Bukowski e cheirar dos Anjos.
Rasgar o verbo na sarjeta literária.
Vou acordar no beco com o beijo dos cães.
Ter versos cantados pra putas de tetas caídas.
Vou vender o Kafka que me restou,
pra comprar um cigarro avulso e literatura de quinta.
O clássico ficou velho. Caduco.
Não me emociono mais com um mictório qualquer,
nem com um neólogodepalavrasgrudadas.
Com o verbo tosco que me resta,
serei pequeno e medíocre.
Vou mandar o mundo,
a arte,
à merda.
E andar fedido pelos becos até que um mendigo me deite veneno ao ouvido.
4 comentários:
Não deu. Eu tava fazendo um conto pra pôr aqui mas tava ficando mto podre e ia estourar o tempo. Essa q foi postada tá mais ou menos dentro do tema, mas já deve ter uns 3 anos, eu acho. mas enfim, postei. Se algum dia eu conseguir fazer o outro texto prestar, talvez eu poste em alguma oportunidade.
nada melhor que uma poesia como esta aí quando a gente tenta trabalhar em uma outra obra, mas o troço simplesmente "não vai"...
ah, e se ela tem uns três anos, pode entrar pro clube das poesias de 2004, que por enquanto impera nesta rodada!
muito bom...
ô, rodrigo...
só coloca a data ali embaixo do título... pelo menos aproximada...
se é de uns 3 anos atrás... +/-2004...
pra variar, eu e a marina ficamos pra trás e demoramos pra postar...
o cara é tão pedante, mais tão pedante, que mesmo quando resolve não ser pedante, ele usa tanta referência que se torna pedante. Mas como o poema é para outros pseudeo escritores também pedantes, até que funciona ;)
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