Thiago Floriano
07/fevereiro/2008
cede-me o fôlego
que ora me tomas
procura o outro
se é brasa ou chamas
um novo lado
para o todo abstrato
sem sede, sem fome
enrijeço calado
e nada me toca
insensível o tato
outrora estivera em caminho ousado
não vira que a terra, carne consome
perdera mormente sentidos, de fato
mas a consciência também se desfoca
se vou pr’outro lado
já não te percebo
não tenho nenhum elixir encantado
talvez uma água tomo, placebo
mas nem absorve este corpo inerte
somente idéias à mente compete
devolve-me o fôlego
ó, certeza ingrata
se ficas na espreita
és vil e poderosa
deixa-me ir dessa vida barata
num simples regresso de passo trôpego
a partida se faz, ao menos, honrosa
percebo uma história de glória já feita
e volto anuente à singela nulidade
de minha própria finitude...
... mais nada
5 comentários:
Oi Thiago,
Parabéns pelo texto, gostei muito.
Adorei o tema da vez "Morte"; Escrevi alguns dias um texto refletindo esse assunto,sobre o anjo chamado morte, que não sabemos a hora em que vai segurar a nossa mão. Se quiser ler esta no arquivo do meu Blogue!
Abraços e muito sucesso aqui no Duelo dos Escritores.
(>¨<)
È a consciência da morte é tão nebulosa...
O texto é fabuloso.
Abraços
Diz o ditado: Filho de peixe... peixinho é...
Esse "menino" tem muita "bala na agulha"... E para nós, os leitores, isso é "bão" demais...
MARAVILHOSO!
Fátima Venutti
Escritora
Bom demais... o final tbm foi com chave de ouro. Olhó o Shakespeare do porto atacando novamente...
ainda me perco um pouco em versos curtos com pouca pontuação. mas curti. o tinal em especial. só faltou um Horácio ali eheheh
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