Olhou para o mar e gritou. Gritou com toda a força, na tentativa vã de que sua voz ultrapassasse o volume das ondas estourando na praia. Gritou como se aquele vasto oceano fosse minúsculo, insignificante. Gritou com toda a força de seus pulmões e com todo o sofrimento de seu coração.
Gritou como se aquele oceano não fosse obra de um Deus, como se não fosse infinito ao olhar, como se não tivesse a força de suas correntezas. Gritou como se ele fosse ínfimo, tolo. Gritou como se aquele oceano fosse nada, fosse apenas um pequeno pedaço de si.
E só então ele descobriu que o oceano não era aquela vastidão azul e vazia a sua frente. O oceano era ele.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
O oceano em mim. Um texto com o selo Fábio Ricardo de qualidade.
putz, a Marina roubou a ironia do meu comentário. dane-se. tb não vou comentar mais. :P
Postar um comentário