Tudo perdido. Tudo sob a terra, tudo embaixo do morro, agora inexistente. Casa, carro, tudo embaixo da terra. A filha de apenas três anos de idade, morta. Soterrada. Enterrada quando ainda viva. A voz abafada: “Mamãe, mamãe!”. O silêncio.
A dor, o medo, a solidão. O despreparo, a falta de fé. O cheiro da morte no ar. Em todos os lugares, em cada canto escondido e esquecido.
Famílias inteiras dilaceradas pelas águas. Separadas, divididas. Reduzidas a nada.
Amor substituído por dor. Prazer, por pesar. Alegria, por força.
“Mamãe, mamãe!”. Nada.
Hora da reconstrução.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
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Um comentário:
O lance da adjetivação foi uma boa saída. Permitiu manter uma cara mais de narrativa tradicional, que era o maior desavio eu acho.
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