- Tem certeza?
- Sim, já pensei bastante nisso.
- Mesmo?
- Mesmo.
- Mas por que a mudança?
- É hora de mudar. É hora de ser eterno.
- E se você se arrepender?
- Daí eu vou sempre olhar para ele e relembrar. E crescer.
-Acho estranho, você era diferente.
- Só por que não usava tintas? Era apenas mais uma que você tatuava.
- Mas era diferente, você era especial.
- E continuarei sendo. Mas agora serei especial de outra forma.
- E para outra pessoa.
- E para outra pessoa.
Foram as últimas palavras que trocaram antes do motor começar a vibrar as agulhas no ar. Na nuca da menina, um coração com as letras iniciais de seu nome e do nome do namorado. Uma tatuagem comum, normal. Mas para ele, aquela foi a tatuagem mais difícil de se fazer.
domingo, 26 de abril de 2009
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5 comentários:
Curti, conseguiu pegar o personagem tatuador. A Mica me pareceu talvez um pouco madura demais... talvez tirando só a última fala dela já resolveria. ou mexer um poquuinho na fala do crescer. mas curti. bem bacana. e tudo isso, claro, tem q levar em conta q eu tenho uma vsão diferente nessa leitura, inevitavelmente.
acho que começou bem... a essência dos diálogos e tal, mas (pra mim) se perdeu no final...
A idéia foi massa, mas (com exceção novamente do Rodrigo) os nossos textos desta rodada parecem ter sido feitos de última hora novamente. Se bem que, no teu caso, não sei se trabalhar mais não tiraria o impacto da idéia.
Félix, não foi o caso de fazer nas coxas não, eu pensei na ideia com bastante antecedência, fui maturando e trocando a forma de fazer.
Era pra ser curto e direto mesmo, nao queria trabalhar ela de forma mais explicativa nem mais extensa.
Mas obviamente, relendo, jah vejo outras mudanças que poderia ter feito.
faço minhas as palavras do fábio, félix... tentei juntar o estilo do texto inicial com um quê "florianístico", como já foi falado aqui... se um dia eu fizer um texto muito longo ou muito rebuscado, realmente vai ser um milagre.
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