Remake consideravelmente modificado de um texto escrito à beira mar em janeiro de 2005.
Tão longe, à distância de um toque, é onde estou
Não percebes meus olhos embaciados ao te ouvir?
Meu pensamento vaga, mil mundos viu e atravessou
Durante teus gestos, tuas falas, teu doce sorrir
Estou distante, querida... Distante de tudo que tu és
Tudo aquilo que te cerca, que cerca aos outros e os conduz
Deste teu mundinho, teu universo sólido, tomo meu viés
Sinto-me estranho, deslocado, uma sombra banhada em luz
Teus jeitos, teus trejeitos... Teus medos, teus desejos
Donde vês-me entretida como curiosidade singular
Eu apenas me sinto um forasteiro, escravo de meus meios
Podes tu me ajudar, meu amor? Ajudar a me adaptar?
Confrontada com a rejeição, a mente pobre enxerga evasão
Mas acredite, meu anjo, estou perdido em meio conhecido
Imerso em ilusória inserção, mas sei que eles nunca entenderão
Guerreiro sem reino, neonato sem seio, idealista sem motivação
Céu e mar sem perversão, as ondas do oceano em sua batida
Tentando esquecer-me um pouco, sorrio à carícia do ar
Eu apenas estou me sentindo como um forasteiro, querida
Podes tentar, ao menos tentar, ajudar a me adaptar?
Como um forasteiro, minha querida... Podes me ajudar a mudar?
Soterrando minha vontade, destruindo tudo o que me fiz ser
Mostre-me como devo me comportar para a você ter e amar
Pois minha pura verdade, esta, ah!, ninguém jamais há de querer!..
Texto bônus (aquele que ia se outro não fosse):
O trogatilho mais rápido do Oeste
Eu era de fora. Rápido e rasteiro. Eu era um forasteiro. Há!
domingo, 27 de setembro de 2009
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4 comentários:
tinha que tirar o "rápido" que ficou sobrando ali. daí fechava bem! hahaha
Deu pra ver que o texto é antigo. Difere dos textos mais recentes seus, tá um pouco mais inocente na construção do que o de costume. Tenta um flerte com uma forma mais clássica, mais fica ainda meio distante. Mas é interessante especialmente se comparado ao material mais novo, pra ver de onde vem e como foi se alterando o estilo.
Achei simples, bonito. Como bem disse o Rodrigo, dá pra ver claramente a diferença. Bom isso. Pra bem ou pra mal.
Discordo totalmente do Fábio quanto ao "rápido" do microconto. Se tirar, perde o ritmo.
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